Israel e Hamas recebem versão 'final' de acordo de cessar-fogo em Gaza; EUA falam em possível trégua 'esta semana'

  • 13/01/2025
(Foto: Reprodução)
Negociações avançaram na noite deste domingo (12), horas após o presidente americano, Joe Biden, e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, conversarem por telefone. Parentes de reféns na fronteira de Israel com a Faixa de Gaza REUTERS/Amir Cohen O Catar entregou a Israel e ao Hamas uma versão "final" do acordo de cessar-fogo e de libertação dos reféns do Hamas na Faixa de Gaza, de acordo com a informação de uma das autoridades envolvidas nas negociações, divulgada nesta segunda-feira (13). Horas depois, o assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, também afirmou que considera possível um acordo de trégua em Gaza "esta semana". "Estamos perto de um acordo e ele pode ser fechado esta semana. Não estou fazendo uma promessa ou uma previsão, mas está ao nosso alcance", disse Sullivan aos repórteres. Segundo fontes ouvidas pela agência Reuters, pelo menos 33 reféns que estão sob o poder do Hamas desde outubro de 2023 devem ser libertados. Uma nova conversa ainda deve acontecer no Egito nos próximos dias para definir os últimos detalhes. A delegação do Hamas que participa das negociações afirmou que as conversas estão progredindo bem. Já o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, garantiu que o acordo está próximo de ser fechado. Jake Sullivan Andrew Harnik / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP O avanço nas negociações foi feito em Doha durante a noite de domingo (12), após conversas com representantes de Israel, dos Estados Unidos e do Catar. Horas antes, o presidente americano, Joe Biden, conversou com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, por telefone. Os dois discutiram iniciativas já em andamento, que visam colocar um fim aos combates no enclave palestino e libertar os últimos reféns, disse a Casa Branca em um comunicado. Biden "insistiu na necessidade imediata de um cessar-fogo em Gaza e no retorno dos reféns, com um aumento na ajuda humanitária possibilitado pela cessação dos combates como parte do acordo", escreveu a Casa Branca. As autoridades dos EUA estão trabalhando para obter um acordo antes da posse de Trump, em 20 de janeiro. O ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Sa'ar, disse nesta segunda-feira (13) que o país estava "trabalhando duro" para garantir um acordo que encerraria a guerra e permitiria a libertação de reféns mantidos no território palestino. "Israel realmente quer libertar os reféns e está trabalhando duro para chegar a um acordo. As negociações estão avançando", disse ele em uma coletiva de imprensa conjunta ao lado do chanceler dinamarquês, Lars Lokke Rasmussen. À agência de notícias Reuters, o Hamas afirmou nesta segunda que as conversas sobre algumas questões centrais para o cessar-fogo em Gaza progrediram e que seus representantes estão trabalhando para concluir o que resta discutir em breve. Prédios destruídos na Faixa de Gaza durante conflito entre Israel e Hamas, vistos do sul de Israel Kai Pfaffenbach/Reuters Cerca de 100 reféns israelenses, vivos ou mortos, ainda estão nas mãos do Hamas desde os ataques de 7 de outubro de 2023 pelo grupo palestino no sul de Israel. A represália de Israel já deixou mais de 46 mil mortos em Gaza, de acordo com autoridades de saúde palestinas. O enclave está destruído e enfrenta uma crise humanitária. A maior parte da população foi deslocada. O Ministério da Saúde do governo do Hamas para a Faixa de Gaza anunciou nesta segunda-feira que pelo menos 19 pessoas foram mortas nas últimas 24 horas no território palestino.    Ataques aéreos A ofensiva de Israel também continua em outra frente. As Forças Armadas israelenses realizaram ataques aéreos no leste e no sul do Líbano neste domingo (12), de acordo com a ANI, agência de notícias oficial do país. O Exército disse ter como alvo o Hezbollah e, em particular, as rotas de contrabando ao longo da fronteira com a Síria. A trégua que entrou em vigor em 27 de novembro encerrou uma guerra de mais de dois meses entre o Hezbollah e Israel, que deixou quase 4 mil pessoas no Líbano e destruiu redutos do partido pró-Irã. Mas, desde então, ocorreram várias violações do cessar-fogo. "Entre os alvos atingidos estão uma base de lançamento de foguetes, um local militar e estradas ao longo da fronteira sírio-libanesa usadas para o contrabando de armas para o Hezbollah", segundo o Exército israelense. O acordo assinado prevê que o Exército israelense tem até o dia 26 de janeiro para se retirar do sul do Líbano e que o Hezbollah deve desmantelar sua infraestrutura militar no sul do Líbano e mover suas forças para o norte do rio Litani, a cerca de 30 quilômetros da fronteira israelense-libanesa.      A força de paz da ONU acusou Israel em janeiro de "violação flagrante" da resolução do Conselho de Segurança, utilizada como base para definir as regras do cessar-fogo. Em comunicado, o Exército israelense alega ter respeitado o documento.

FONTE: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2025/01/13/israel-e-hamas-recebem-versao-final-de-acordo-para-nova-tentativa-de-cessar-fogo-em-gaza.ghtml


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