Putin tenta demonstrar força ao reunir líderes em encontro do Brics que começa nesta terça, na Rússia

  • 22/10/2024
(Foto: Reprodução)
Presidente russo quer mostrar que tentativa do Ocidente de isolar o país do tabuleiro geopolítico internacional devido ao conflito com a Ucrânia não deu certo. Reunião de cúpula vai discutir a criação da categoria de 'países parceiros' do bloco. Representantes dos países dos Brics chegam à Rússia para participar de reunião do bloco O presidente da Rússia, Vladimir Putin, reúne cerca de 20 líderes estrangeiros a partir desta terça (22) para a Cúpula do Brics com a intenção de demonstrar o poder russo e o fracasso da tentativa de isolar o Kremlin por parte das potências ocidentais. A cúpula do bloco será realizada na cidade de Kazan, às margens do Volga, e o evento já é visto por Moscou como "o evento diplomático mais importante organizado na Rússia". ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Em paralelo à reunião, Putin também se reunirá quinta-feira (24) com o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, disse o assessor do Kremlin Yuri Ushakov. Esta será a primeira visita de Guterres à Rússia em mais de dois anos, após críticas repetidas do secretário-geral à guerra entre Rússia e Ucrânia. A reunião ocorre num momento em que a Rússia ganha terreno no conflito com Kiev e forja alianças com os principais adversários dos EUA, como a China, o Irã e a Coreia do Norte. O presidente chinês, Xi Jinping, e o presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, devem estar presentes no evento ao lado de Putin. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cancelou sua viagem à Rússia após sofrer um acidente doméstico, mas participará por videoconferência, informou o Palácio do Planalto. O Kremlin também conseguiu garantir alianças com países que têm laços com o Ocidente. Moscou está contando, por exemplo, com a presença de Narendra Modi, da Índia, e Recep Tayyip Erdogan, da Turquia. Como Brics passou a ser visto como ‘bloco antiocidental’ - e qual o impacto para o Brasil O presidente da Rússia, Vladimir Putin, em Moscou, durante recepção do presidente dos Emirados Árabes Unidos na véspera da abertura da reunião dos Brics Evgenia Novozhenina/Pool via Reuters Parcerias Essa grande reunião dos Brics "tem como objetivo mostrar que a Rússia não só está longe de estar isolada, mas que tem parceiros e aliados", disse o analista político Konstantin Kalachev à AFP em Moscou. Putin, alvo de um mandado de prisão emitido pelo Tribunal Penal Internacional em março de 2023 pela deportação de crianças ucranianas, segundo a acusação de Kiev, teve que se retirar da cúpula anterior dos Brics na África do Sul. "A Rússia [...] busca relações baseadas no direito internacional, e não nas regras estabelecidas por determinados países, especialmente os Estados Unidos", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, reivindicando o apoio da 'esmagadora maioria dos países'. Ao reunir o "Sul e o Leste globais" para contrabalançar o Ocidente, de acordo com a Rússia, o Brics deve "construir, tijolo por tijolo, uma ponte para uma ordem mundial mais justa", disse o conselheiro diplomático do Kremlin, Iuri Uchakov. Estados parceiros De acordo com o secretário do Itamaraty Eduardo Paes Saboia, o principal tema da reunião em Kazan será a criação da categoria de "países parceiros" do bloco. "Discutimos quais os critérios para essa modalidade e há a expectativa de que, aprovada a modalidade, possa ser feito o anúncio dos países convidados a integrar essa categoria", disse Saboia. A Turquia, membro da Otan que tem um relacionamento complexo com Moscou e com o Ocidente, anunciou em setembro sua intenção de se juntar aos Brics. Azerbaijão e Malásia também se candidataram formalmente. Na América Latina, Venezuela e Nicarágua estão entre os candidatos que querem se juntar ao bloco. As relações diplomáticas e políticas do Brasil com esses dois países, porém, têm enfrentado crises recentemente. Isso porque, no caso da Venezuela, diferentemente do que vinha fazendo, Lula passou a questionar a forma como o governo de Nicolás Maduro lidou com o processo eleitoral interno. Já no caso da Nicarágua, a crise se deu porque o embaixador brasileiro em Manágua foi expulso do país por não ter participado da data de aniversário da Revolução Sandinista. Em resposta, o Brasil expulsou a embaixadora nicaraguense. Ampliação do bloco Criado em 2006, o Brics reunia, até o ano passado, Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Durante a cúpula de Joanesburgo, foi aprovada a entrada de mais membros efetivos: Argentina, Egito, Etiópia, Irã, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos. Ainda em 2023, porém, o então recém-empossado presidente argentino, Javier Milei, comunicou a decisão de retirar o país do bloco.

FONTE: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2024/10/22/putin-tenta-demonstrar-forca-ao-reunir-lideres-em-encontro-dos-brics-que-comeca-nesta-terca-na-russia.ghtml


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