Ataques ucranianos na Rússia deixam 1 pessoa morta e 9 feridas
14/04/2025
(Foto: Reprodução) Ofensiva vem após mísseis russos matarem 34 pessoas na cidade de Sumy, na Ucrânia, neste domingo (13). Uma série de explosões na cidade russa de Kursk, próxima à fronteira com a Ucrânia, deixou uma idosa morta e nove feridos, na madrugada de terça-feira (15), pelo horário local - noite desta segunda (14), no horário de Brasília. A informação é da agência de notícias Reuters.
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Os ataques foram alertados pelos canais do Telegram Baza e SHOT, que frequentemente publicam informações de fontes dos serviços de segurança e autoridades policiais.
Ambos os canais relataram que edifícios residenciais foram danificados. Eles publicaram fotos que pareciam mostrar um prédio residencial de vários andares pegando fogo durante a noite.
O Ministério da Defesa da Rússia, que divulga apenas o número de drones abatidos, sem informar quantos foram lançados pela Ucrânia, disse que 109 drones foram derrubados sobre a região de Kursk durante a noite.
“Kursk foi submetida a um ataque inimigo massivo durante a noite,” afirmou a administração regional de Kursk em uma publicação no aplicativo de mensagens Telegram. “Infelizmente, uma mulher de 85 anos morreu.”
Um prédio residencial de vários andares foi danificado no ataque de drones, com vários apartamentos pegando fogo, disse o prefeito interino de Kursk, Sergei Kotlyarov, também no Telegram. Segundo ele, os moradores foram evacuados para uma escola próxima.
A administração regional publicou fotos de um edifício residencial com janelas estilhaçadas e danos causados por fogo na fachada. Drones também atingiram a garagem de ambulâncias da cidade, danificando 11 veículos, acrescentou.
Na noite de segunda-feira, outras três pessoas morreram na região como resultado de um ataque com drones ucranianos, de acordo com autoridades locais.
Apartamentos danificados em prédio em Moscou, na Rússia, após ataque de drones ucraniano em 11 de março de 2025.
AP
Resposta a ataque Russo
Equipes de resgate trabalham após mísseis russos atingirem Sumy, na Ucrânia
Neste domingo (13), a Rússia atacou a Ucrânia em uma das ofensivas mais mortais da guerra. Pelo menos 34 pessoas morreram e 84 ficaram feridas.
Segundo autoridades ucranianas, o ataque atingiu o coração da cidade por volta das 10h15 do horário local - 4h15 do horário de Brasília.
“Neste Domingo de Ramos, nossa comunidade sofreu uma tragédia terrível. Infelizmente, já sabemos de mais de 20 mortes", disse o prefeito em exercício, Artem Kobzar, em um comunicado nas redes sociais.
Ônibus e carro destruídos por ataque de míssil russo
AP Photo
Vídeos divulgados em canais oficiais mostram corpos no chão, em meio a destroços e fumaça, no centro de Sumy.
Nas redes sociais, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, falou sobre os trabalhos de resgate em andamento, se referiu à Rússia como "escória imunda" e também pediu uma resposta global ao ataque.
"Segundo informações preliminares, dezenas de civis foram mortos e feridos. Só uma escória imunda pode agir assim, tirando a vida de pessoas comuns. As negociações nunca impediram mísseis balísticos e bombas aéreas. O que é necessário é uma atitude em relação à Rússia que um terrorista merece", afirmou.
O presidente da França, Emmanuel Macron, se pronunciou sobre o ataque na rede social X e fez acusações à Rússia:
"Todos sabem que é só a Rússia que quer esta guerra. Hoje está claro que só a Rússia quer continuar com ela, demonstrando seu desprezo pela vida humana, pelo direito internacional e pelos esforços diplomáticos do presidente Trump".
O primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, também reforçou seu apoio a Zelensky e disse que a Rússia deve ser forçada a um cessar-fogo "total e imediato, sem condições".
"Estou consternado com os ataques horríveis da Rússia contra civis em Sumy e meus pensamentos estão com as vítimas e seus entes queridos neste momento trágico. O presidente Zelensky demonstrou seu compromisso com a paz. Putin precisa agora concordar com um cessar-fogo total e imediato, sem condições", postou.
Trump insatisfeito com bombardeios
No começo da semana, na segunda-feira (7), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que está descontente com a guerra na Ucrânia e acusou a Rússia de bombardear "loucamente" o território ucraniano.
Ao lado do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, Trump respondeu perguntas de jornalistas sobre temas variados dentro da Casa Branca. Ao ser questionado sobre o motivo de os EUA não terem aplicado tarifas recíprocas contra a Rússia, Trump explicou que o país não tem mantido negócios com os russos por causa da guerra.
Em seguida, classificou ataques recentes à Ucrânia como "horríveis".
"Não estou feliz com o que está acontecendo, porque eles estão bombardeando loucamente agora, eles estão bombardeando. E eu não sei o que está acontecendo lá. Essa não é uma boa situação", afirmou.
Trump acusa Rússia de bombardear 'loucamente' a Ucrânia
Trump também disse que os Estados Unidos se reunirão com representantes da Rússia e da Ucrânia para discutir a guerra e afirmou que um cessar-fogo está próximo.
Na semana passada, a emissora americana "NBC News" revelou que aliados do presidente o aconselharam a não telefonar para o líder russo, Vladimir Putin.
Recentemente, o presidente afirmou que estava "irritado" com a Rússia e ameaçou impor novas sanções contra o país.