Trump ordena congelamento de parte dos gastos federais e causa tempestade política

  • 28/01/2025
(Foto: Reprodução)
Casa Branca quer revisão em recursos usados para assistência, como pequenos empréstimos para empresas. Oposição afirma que gastos foram aprovados pelo Congresso e são obrigatórios. Cortes de Trump chegam à agência da ONU e impactam projetos no Brasil O governo dos Estados Unidos pediu que todas as secretarias e agências federais congelem parte dos gastos com "assistência" para revisá-los. A medida visa garantir que os recursos estejam em conformidade com as "prioridades do Presidente", segundo um documento ao qual a AFP teve acesso. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Trata-se de gastos relacionados a programas de assistência e atividades de apoio do Estado, para os quais cada agência deve realizar uma "análise completa". "Esta pausa temporária dará tempo à administração para revisar os programas e determinar o melhor uso dos fundos para as iniciativas que sejam consistentes com a lei e as prioridades do Presidente", afirma o documento. A ordem do gabinete de orçamento da Casa Branca, uma semana após a posse de Trump, ameaça interromper o desembolso de centenas de bilhões de dólares em fundos para governos locais, áreas da educação ou pequenos empréstimos para empresas. Estão incluídos os programas relacionados à transição energética e aqueles previstos para áreas afetadas por desastres naturais. A decisão segue uma outra ordem similar, que também congelou recursos de ajuda externa. A medida não afeta os valores que chegam aos americanos através do sistema de seguro médico para aposentados, como o Medicare. LEIA TAMBÉM Professor do Texas denuncia alunos em post de agência de imigração dos EUA: 'Muitos nem falam inglês' Estilista que criou chapéu 'tapa-olho' de Melania nega que ela quis se esconder: 'câmeras muito altas' Avião pega fogo na Coreia do Sul, mas passageiros e tripulação conseguem se salvar; VÍDEO e FOTOS Congresso reage O presidente Donald Trump Carlos Barria/Reuters Trump venceu as eleições com promessas de enxugar vários setores do governo para reduzir os gastos públicos. O republicano deixou claro que pretende revisar todos os programas federais com base em seus objetivos políticos. O memorando publicado na noite de segunda-feira (27) aponta a intenção do governo de "eliminar o peso financeiro da inflação sobre os cidadãos, acabar com as políticas 'woke' [progressistas] e a instrumentalização do Estado". "O povo americano elegeu Donald Trump e deu a ele um mandato para aumentar o impacto de cada dólar gasto pelo governo federal. Em 2024, de um total de quase US$ 10 trilhões [R$ 59 trilhões na cotação atual] em gastos federais, 3 trilhões estavam ligados a assistência financeira, empréstimos e doações", insiste no documento o diretor interino do Escritório de Orçamento (OMB), Matthew Vaeth. Mas o Escritório de Orçamento do Congresso americano (CBO), um órgão não partidário, estimou que o orçamento do Estado federal foi, na verdade, de US$ 6,75 trilhões (R$ 39,8 trilhões na cotação atual) no ano passado. Não está claro se o presidente tem autoridade para interromper gastos aprovados pelo Congresso, que, segundo a Constituição, tem poder sobre o orçamento. Os democratas acusaram imediatamente Trump de "desobedecer abertamente à lei" ao reter fundos que sustentam programas de assistência em todo o país. O líder dos democratas no Senado, Chuck Schumer, disse que o Congresso votou estes gastos e que eles "não são uma opção", sendo sua execução uma obrigação legal. Schumer declarou aos repórteres que a decisão de Trump é uma "facada no coração das famílias americanas" e que além disso é "ilegal" e "inconstitucional". "O presidente não tem autoridade para ignorar a lei e vamos lutar contra isso de todas as formas possíveis", concluiu. VÍDEOS: mais assistidos do g1

FONTE: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2025/01/28/trump-ordena-congelamento-de-parte-dos-gastos-federais-e-causa-tempestade-politica.ghtml


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